A genealogia acadêmica é o estudo da transmissão da herança intelectual através de relações de orientação formal. Ela possibilita, por exemplo, o estudo da transmissão do conhecimento através das gerações e a identificação dos pesquisadores mais férteis. Os grafos de genealogia, por sua vez, são representações gráficas da genealogia acadêmica; neles, os pesquisadores e as relações de orientação são representadas, respectivamente, por vértices e arestas direcionadas partindo do orientador e chegando ao orientado. O Paradoxo da Amizade (PA), por sua vez, é um enunciado relacionado a redes sociais que afirma que uma pessoa tem menos amigos que seus amigos. Formalmente, ele afirma que o grau de um nó é menor que a média do grau de seus vizinhos. Sabe-se também que o paradoxo da amizade é válido para medidas diferentes do grau, o que foi chamado de Paradoxo Generalizado da Amizade (PGA). O PA ocorre, grosso modo, graças à validade da lei de potência em grafos.
Decidimos analisar o grau de saída de cada vértice e compará-los com o grau de saĩda médio de seus vizinhos em três nĩveis: com os vértices que apontam para ele, com os vértices que são atingidos com eles e com os vértices que eles atingem. No contexto de grafos de genealogia, comparamos a quantidade de filhos de um vértice com a de seus pais, irmãos e filhos acadêmicos. Escolhemos analisar um grafo de genealogia dos doutores cadastrados na Plataforma Lattes.
Ana de Paula, discente do Bacharelado em Ciência da Computação Professor Doutor Jesus Mena, Professor Adjunto do Centro de Matemática, Computação e Cognição Grupo de pesquisa em reconhecimento de padrões e cientometria Universidade Federal do ABC